terça-feira, dezembro 18


O drama
Ontem fui ver o Senhor Doutor. O tal que lê entranhas ( gastroenterologista parece nome de doença, não de especialidade).  
Mandou-me fazer mais análises. Tenho as bilirrubinas alteradas. Queixume leve. Nada que impressione, meta respeito.
Ele não me explicou, mas pelo que li no Google, tiram-me agora mais uma gota de sangue vermelha, para no fundo me dizerem mais tarde que é por isso que sou amarela.
Grande coisa,  pensei eu. Preciso lá eu de tirar sangue para saber isso. Bilirrubinas, está bem. Que maleita mais absurda. Se isso é la coisa que se possa contar às pessoas. Sim, porque se não for para fazer com que os outros se compadeçam de nós, para que servem as doenças afinal? Uma úlcera ainda vá que não vá, agora isto das Bilirrubinas não me serve para nada.  

Fui para casa algo contrariada confesso. Isto de ir ao médico e no fim de contas não ter nada é um pouco desapontante. Bom, pelo menos posso continuar a comer todo o tipo de batatas fritas e chocolates. Que isso sim, seria verdadeiramente dramático.  

O drama?

Entretanto andei ontem a pesquisar “famosas de óculos” para ver se me inspiro. Tudo porque no sábado descobri que vou precisar de usar uns óculos para descanso - o que é uma expressão algo absurda, visto que a vista não vai estar propriamente a descansar, simplesmente não vai ter de se esforçar tanto. Mas adiante. A pesquisa não me adiantou grande coisa, também não lhe dediquei muito tempo. Reparei apenas que está muito em voga os chamados óculos olhos de gato. O que pude confirmar hoje de manhã no comboio, assim que avistei uma jovem envergando os seus, com um poney tale bem apanhado, sobrancelhas devidamente delineadas e batom vermelho nos lábios.  Os anos 50 revisitados. Mas achei demasiado para mim. Vou ter de pesquisar mais e melhor. Mas já sei que escolher o par perfeito vai ser o drama. E nem vamos falar do que me vai custar. Olhar para o preço é contra-indicado. Mesmo para quem vê mal, ou tenha a vista cansada, é coisa para nos por a lacrimejar.  

“O” drama!
Mas antes disso ainda andei a pesquisar algo mais importante – sim que ontem para além de ter passado a ferro umas quantas camisas, de ter resolvido um slogan em três tempos ao telefone, e de ter tido uma reunião proveitosa com um cliente, não foi um dia assim lá muito produtivo. Por isso dediquei-me a estudar o meu arqui-inimigo. Aquele que me quer deitar abaixo, que me quer derrubar. Deus meu ( agora sim, o drama) aquele que me pode matar! A Humidade. Tenho a casa cheia de humidade. A roupa no armário tresanda. Nos meus sapatos sinto saudades do cheiro a chulé - nalguns inclusivamente já nasceram frondosos relvados de bolor. E posso jurar que o meu colchão neste momento já não é feito 100% de algodão. Uns 70% pelo menos já são humidade. Mofo fofinho. A arma secreta para a combater? Um desumidificador – ia para dizer que adquirir um é coisa para me custar os olhos da cara, mas nesses já vou gastar o suficiente.  Vou ter de chamar o senhorio. Dar-lhe todo o diagnóstico. Fazer-lhe o queixume. No final, rematarei: “Terá de fazer alguma coisa. Esburaque paredes homens! Sei lá eu! Oiça, perceba isto: viver nestas condições não se pode. É perigoso. É problemático. Aliás, digo-lhe mais, viver nestas condições é dramático!”

segunda-feira, dezembro 10

Always look on the bright side


Estou adoentada desde sábado. Dores terríveis na zona abdominal, dentro do estômago,  seres minúsculos a picarem-me consecutivamente. Tudo temperado com azia e regado a náuseas  Fui à net pesquisar e pensei: estou a morrer. 29 anos. Parto deste mundo tão nova. Com tanto para ver e aprender. entretanto   fui hoje ao médico. A boa noticia é que não tenho uma pancreatite como ele desconfiava, e como tal não vou ser internada de urgência ( ou operada - UFA!). A não tão boa noticia é que o meu estômago já viu melhores dias e é muito provável que ou tenha uma úlcera ou uma gastroenteritite. Saberei mais amanhã, espero. Até lá vou salivar a olhar para a caixa cheia de bolos que a minha sogra trouxe cá para casa e que eu não posso comer por estar a fazer a chamada dieta dos doentes. 

segunda-feira, dezembro 3

A idade está-me a tornar uma nhó nhó

Tenho 29 anos.
Dizia que nunca jamais animais dormiriam na minha cama e agora deixo que duas gatas peludas e cada vez mais gordas durmam encostadas à minha cabeça, apoiadas no meu pescoço.
Tenho 29 anos.
E sinto-me com 9. Dizia que viver longe dos meus pais não me custaria nada. E agora passei a sentir falta deles. Genuína falta de os ver e de os abraçar pelo menos uma vez por semana. Pronto, depois passa-me, claro. E gosto de voltar para a minha casa. Mas se não tenho aquele cheiro a casa, aquele conforto a lar, ao lar onde tomavam conta de nós em pequeninos, começo a flipar.
Tenho 29 anos.
E estou cada vez mais nhó nhó.

quinta-feira, novembro 29

Diz-me onde comes e dir-te-ei quem és

Eis o tipo de pessoas que encontro quando vou almoçar:

1) à tasca (e como bifes e batatas fritas por 3,90€)

  • policias,  em geral novos, barbudos e inchados
  • homens das obras que so ficam para o café para não sujar as cadeiras
  • estudantes freaks das escolas técnicas das redondezas
  • trabalhadores que levam consigo a fita pendurada ao pescoço com o crachá de identificação e que assim nos deixam saber que o nome deles é Manuel ou João
  • e muitas mulheres casadas que gostam de pintar o cabelo de cor caju

2) à lanchonete (e como sopa e o pão do dia por 3,25€)

  • mulheres, muitas mulheres que comem saladas, muita saladas ( e depois uma fatia de cheesecake)
  • um ou outro executivo, em geral velho ou estrangeiro
  • alguns homens com ar de boiola
3) ao vegetariano (e como tofus e seitans e cenas assim por 3,50€ e ainda me deixam beber todo o chá que conseguir aguentar):
  • modelos
  • alunos da escola de belas artes, todos estilosos e giros
  • mais modelos
  • velhinhas que vão para a aula de tai chi
  • outra vez modelos ou então actores
  • e um bom punhado de gente maluca
Enfim, sempre que possível, gosto de variar. Excepto no preço. Os meus preferidos são sempre abaixo dos 4€. 

quarta-feira, novembro 28

sexta-feira, julho 27

E pronto, já se passaram 2 meses de vida em comum. So far, so good. Faltam-nos milhentas coisas para decorar ou comprar, mas há pouco dinheiro para o fazer. Mas está a ser giro. Está a ser bom.

Tenho feito algumas descobertas sobre mim própria. Uma é a que durmo com a cara tapada, protegida por um braço (como já tinha dito antes), e outro exemplo é que descobri que sou uma pessoa sensível a desarrumação no frigorífico.  Considero que o meu esposo não trata aquilo com a lógica ou o carinho devido. Volta e meia, tenho de ir lá meter ordem naquilo. Em comparação, no campo dos têxteis, a coisa não se dá da mesma forma, a minha gaveta das meias está inutilizável, de tão cheia e desarrumada, mas eu não pareço ralar-me!

segunda-feira, junho 25

Estender as vergonhas

Foto daqui: olhares
Dá-me uma certa vergonha de cada vez que tenho de estender roupa interior, confesso. Penso, que horror, que me vai tudo andar a olhar para as intimidades! Se são cuecas assim mais pra frentex, ou se estão com buracos, eu sei lá.

No entanto, há que relativizar talvez, e aprender com os mais velhos. Porque já o meu vizinho da frente por exemplo, não tem qualquer tipo de problema em mostrar as cuecas. De tal forma que é assim que estende roupa: em cuecas. E não são más.  


sexta-feira, junho 22

Sobre os genes

Ele há coisas que não se explicam.
Enquanto ainda vivia em casa dos meus pais, adormecia tal e qual o meu pai. Na mesma posição: barriga para cima e mãos cruzadas em cima do peito.
Agora que mudei de casa, volta e meia sou apanhada a fazer o mesmo que a minha mãe, que tapa o rosto com o braço, como se estivesse na praia a proteger-se do sol.
Mas claro, também tenho coisas só minhas. Já não duas nem três, as vezes em que,  em pleno colchão,  encarno uma atleta de natação sincronizada e faço figuras deste género:


sexta-feira, junho 8

Hello stranger

Há um amigo meu que volta e meia me pergunta: "então, o que é que tens feito para te divertir?". Não me pergunta se estou bem, ou mal, que projectos tenho na calha, se é que tenho alguns. Não. Pergunta-me tão simplesmente sobre gozo, diversão. E ás vezes sinto-me envergonhada, ora porque não me lembro, ou porque não sei a resposta. Porque a verdade é que faço muito pouco para me divertir. E outras vezes nem sei o que fazer para o conseguir.

Mas ontem, durante uma, ou duas horas, diverti-me.
Com o pretexto de ter de gravar um vídeo para a despedida de solteira de uma amiga minha, fui para a rua  meter conversa com completos estranhos. E é sempre surpreendente as reacções que se obtém.  Quer pelas histórias de vida que se descobrem, os desabafos que se ouvem, quer pela espontaneidade e graça das pessoas que aderem. E fala-se de coisas sérias. Amor, casamento, compromisso. Ouvem-se conselhos. E sente-se a vida a palpitar. Fica sobretudo a vontade de perder mais tempo com as pessoas. Ouvi-las. Conhecê-las. Rir com elas. Fazer mais. E no fundo, deixarmos-nos levar.

Algo que o Zeca Pagodinho diria mais ou menos assim:

quinta-feira, maio 24

Estou a horas de ir fazer a minha very first performance, isto é, a minha primeira apresentação a solo ao cliente, onde falo eu, controlo eu, mas em que o chefe vai a tiracolo para me avaliar, ver como me safo. Exige perfeição. E eu estou nervosa. Nervosa com o cliente, nervosa comigo, com medo de me atrapalhar. E logo hoje que tenho 2 borbulhas extra-terrestres assolapadas no meu queixo...

 Ai mãezinha que me fazes tanta falta.

terça-feira, maio 22

O fim de semana que passou arreei pela primeira vez o calhau na minha casinha nova. Quê? É um momento marcante, não? Ainda para mais quando por pura das coincidências, o fazemos precisamente na mesma altura em que na rádio começa a passar o hino nacional.
Gosto de interpretar isto como um bom presságio!

terça-feira, maio 15

Entrou uma nova colega hoje. Em cima da mesa, para além da caneca que trouxe consigo e que diz: "the boss", tem: uma maçã, uma garrafa cheia de chá, uma agenda, uma máquina de calcular, um iphone, e quatro, quatro cadernos senhores!!

Estou impressionada/intimidada.

E a sentir que preciso de uma intervenção de décor na minha mui despida e despersonalizada secretária.

terça-feira, maio 8

Ai que tou tão crescida

Chegou hoje o meu blackberry. Sou tipo bueda importante/executiva/atarefada/tenho-reuniões/vejo emails na sanita.

quinta-feira, maio 3

segunda-feira, abril 30

Ainda estou para perceber porque é que me custa tanto arriscar ou fazer coisas novas, se depois me sinto tão bem.

Como por exemplo, depois de ter feito a minha 1ª Sangria. Foto daqui

quarta-feira, abril 18

Ver o telejornal à hora de almoço causa indigestão


  • nos últimos 3  meses,  cerca de 25 casas por dia foram entregues  aos bancos;
  • nos últimos 3 meses, cerca de 26 restaurantes por dia fecharam

quarta-feira, março 28

Ser benfiquista

Pensava que já tinha ultrapassado essa coisa do futebol. A sério que pensava.
Afinal, longe vão os tempos em que assistia aos jogos do Benfica no sofá da sala com o meu pai, e vibrava com cada arranque do João Pinto.

A verdade é que o tempo foi passando, eu fui crescendo, e com excepção dos jogos da selecção, tinha perdido o interesse no esférico a rolar na relva.

Até ontem. Quando dei comigo a gritar feita parva para um televisor,  indiferente ao facto de estar na companhia de um sportinguista ferrenho - e que só por acaso é meu namorado, que a cada berro meu, olhava para mim com vontade de me esganar e calar para sempre. Um namorado que festejou o golo do chelsea, sem pena do meu sofrimento, um namorado que me tenta converter ao sportinguismo constantemente, e que já me disse com todas as letras que a única coisa que não me perdoa é eu ser do Benfica.

Mas não, nada disso me demove. Comecei o jogo benfiquista e acabei-o igualmente benfiquista.

Por isso,  talvez tenha de me render às evidências e concordar, que na vida, se pode mudar de tudo, menos de clube.



sexta-feira, março 16

Ainda não tenho filhos, mas acho que pela primeira vez consigo verdadeiramente perceber porque é que a minha mãe nos ligava vezes sem conta para casa, quando nós éramos adolescentes e ela ainda estava a trabalhar: precisava de falar com alguém de quem gostava. Precisava de saber o que andávamos a fazer, para se distrair dos afazeres do trabalho.

Não havia facebbok, blogs, ou messenger. A janela de escape dela éramos nós. Fazia-o para ver se o tempo passava mais depressa, por isso ligava, duas, três vezes. E entristece-me. Porque como nós a achávamos chata, sempre com as mesmas perguntas, as mesmas conversas, não a tratávamos bem, respondíamos-lhe embrutecidos, "ó mãe que chata" - bom isto ainda acontece hoje, na verdade. Mas é uma pena, porque um dia sei que vou ter saudades de ter falado mais com a minha mãe, do que apenas ter trocado com ela indicações sobre distribuição de afazeres domésticos.

domingo, março 11

A Primavera está a chegar


A minha estação do ano preferida.
Estão uns dias lindos, cheira a flores por todo o lado. Por isso hoje, passado quase um ano depois de a ter comprado, ganhei coragem e levei pela 1ª vez à rua esta mini-saia a passear. Não vou contudo tão longe como a menina da foto, que a usa de perna completamente ao léu. Tenho 28 anos, sou praticamente uma mulher casada, e tenho uma celulite muito descarada. Fui antes de collants azulinhos opacos, e também fui muito bem.

segunda-feira, fevereiro 27

Este ano tenho um casamento importante...


mete nojo de tanto estilo que tem.


outro bom vestido branco.


não sei quem é, mas este é bem giro.


idem idem, aspas, aspas.


gosto muito, só não sei como é que ela consegue andar sem tropeçar.


...maneiras que este ano liguei mais a estas coisas dos trapos que se levam aos óscares.

domingo, fevereiro 26

Sou tão mariquinhas



A pessoa está sozinha em casa do namorado a ver o derradeiro episódio desta enervante, e angustiante série dinamarquesa que fala sobre crimes e jovens violadas e assassinadas. Goza descaradamente com o namorado, chamando-lhe exagerado, quando este lhe pede que ao sair baixe os estores (de um 3º andar) e tranque a porta. E o que é que faz quando toca à porta o vizinho da frente que é drogado? Imbuída no espírito sangrento da série, não lhe abre a porta, não responde nem ai nem ui, mija-se de medo, foge para a sala e tira o som da televisão, reza para que ele vá embora, reza para que ao sair não se cruze com ele. E quando efectivamente sai, desce num ápice, olha para os dois lados, e fecha-se no carro. Isto tudo e provavelmente o pobre coitado só queria um pouco de comida de gato emprestada..
Enfim, uma jovem adulta de 28 anos, com a coragem de uma criança de 8.

segunda-feira, fevereiro 20

Não sei onde é que estava com a cabeça...



Quando achei que era uma boa ideia ir voar de balão, sozinha às 7h00 da manhã, para Coruche.

Vou ter de me levantar com as galinhas. Guiar uns 100 km para lá, mais 100 para cá. Correr o risco de me perder ou estampar no chão. E ainda ir trabalhar a seguir. Enfim, enfim.

É bom que a vista lá em cima valha MUITO A PENA. Senão vou ter de dar razão à minha mãe e concordar que eu não sou boa da cabeça!



terça-feira, fevereiro 7

Ora bolas. Já não existe maquilhagem da nivea. Só há coisa de um ano é que comecei a comprar um mísero rímel, um batomzito, e o blush maravilha que já não dispenso, e agora, de repente, apercebo-me que a Nivea descontinuou os seus produtos de maquilhagem. Resultado, vou ter de ir a procura de outra marca que me encha as medidas, em preço, qualidade e respeito pelo meio ambiente.

quinta-feira, fevereiro 2

Coisas boas que o namorado faz


*foto do site da vaqueiro

Estou a salivar, só de pensar que vou comer este atumzinho maravilha logo à noite!!

segunda-feira, janeiro 30


Ainda não tenho a certeza, mas ontem sou capaz de ter perdido uma boa quantidade de neurónios por ter insistido em ver este filme até ao fim. Papei todos os clichés possíveis e imaginários, e estou em condições de afirmar que me empanturrei o suficiente para não ter de ver coisas destas durante os próximos tempos.
A seguir, e já que estávamos numa de matar células do corpo, achei que não fazia mal nenhum terminar a noite a barrar o estômago com um double cheese do macdonalds. A minha neura gosta muito. E a mim não me custa nada fazer-lhe as vontades.


quarta-feira, janeiro 25

Jogos em família



Ontem, enquanto lia uma passagem dum livro sobre jogos de mesa - mais concretamente, o dominó, lembrei-me subitamente que eu, a minha irmã e o meu pai costumávamos jogar dominó. Era um tempinho só nosso, algo que nos desafiava, estimulava o nosso raciocínio e arrancava valentes gargalhadas aos três. Creio que ele nos ganhava muitas vezes. Outras, provavelmente, a minha irmã, mais velha e mais esperta do que eu. Mas era o nosso jogo. Nunca foram as cartas, as damas ou o xadrez. Era o dominó.

Mas o que me intrigou, foi porque raio esta memória tão boa, e especial, se perdeu algures nas minhas recordações de infância?!

É incrível como éramos uma família simples mas tão feliz. Livres, descomplicados. Mas acima de tudo, relembrar isto, fez-me tomar uma decisão: é imperativo ir à procura desse dominó e trazer de volta esse joguinho entre pai e filhas. Vamos ver se aqueles dois sacanas ainda me levam ou não a melhor!!

terça-feira, janeiro 17

Assim que vim trabalhar para onde estou, apresentaram-me uma tasca com gente simpática e comida boa e barata. Tudo verdade. Mas àquele preço, não se pode pedir muito mais que batata frita, febras, arroz branco sensaborão ou de tomate encharcado em gordura. Vai daí, fartei-me* eu, e fartou-se o meu estômago - que se começou a ressentir com a ideia de ver as minhas veias entupirem com toda aquela gordura (há historial de AVC's na família) Já para não falar que ficava com fome à mesma.

Por isso, agora, gosto de pensar que o facto de me andar a sacrificar um pouco (não muito, porque até gosto e sinto-me melhor), a almoçar praticamente todos os dias tofu, seitan, arroz integral e uma data de legumes - a um preço também muito simpático, e não, não sou vegetariana, nem vou ser; ou ter de subir e descer escadas e ruas inclinadas, vai ter como consequência directa o enrijecimento das minhas veias, rabo e pernas.

* pronto, mais ou menos, uma pessoa também não é de ferro. Por isso, guardo o fim de semana para comer porcarias. Picanha, salsichas toscanas, pizza. Nhami nhami, gordurinha da bouuuaa!

segunda-feira, janeiro 16

Conselhos matrimoniais

Agora que me vou amigar, tenho recebido alguns conselhos. No domingo recebi mais dois que segundo as minhas fontes, ajudam à sobrevivência de uma relação. Ei-los aqui:
Duas televisões. Para ninguém se chatear.


E empregada doméstica assim que houver mais uns trocos extra.

O primeiro tem uma estranha forma de "promover a união no casal". O segundo, ao tentar promovê-la, ganhando tempo para se estar um com o outro, pode acabar por gerar discussão, no sentido em que é mais um encargo e menos dinheiro para se gastar a fazer alguma coisa na rua. Ai, ai. Dilemas, dilemas.

domingo, janeiro 15

Hoje é Domingo



E a pessoa levanta-se para tratar de pequenos nadas. Reabastece a gaveta da roupa interior com meias e tapa-vergonhas, coloca as camisas no armário e sai para a rua com um sorriso de baixo do braço. Almoça em família. A nova família. Pergunta-se, e impressiona-se: "bolas, já faço parte?!" À mesa discute-se barcos que se viram, os filmes que se vão ver, ou os filhos de 2 ou 4 patas que se irão ter. A seguir, empurra-se um bolo e um café, e desagua-se na casa que o ainda há-de ser. Marcam-se pontos de luz, fazem-se projectos a dois. Já sozinha, cruza-se a internet em busca de tesouros escondidos: procuram-se espelhos, louceiros ou roupeiros dispostos a mudar de vida. E acaba-se um dia chuvoso, no abraço de um sofá, em mais um ciclo vicioso: romance da tanga alugado, coração embriagado, olhar desenvergonhadamente enevoado.

quinta-feira, janeiro 12

De Setembro até agora já gastei cerca de 730€ com o carro. Preparo-me para gastar mais qualquer coisa, sendo que ainda não sei quanto é esse qualquer coisa. Cheira-me que quando mudar de casa, o meu carro vai mudar de dono.
Mas uma coisa é certa, se não mudar de dono, passará certamente a andar muito menos do que anda agora. Por isso, pelo menos em gasóleo, não se gasta.

quarta-feira, janeiro 11

Comodismo é andar de comboio



Eu achava que era comodismo ir de carro para o trabalho. Ontem, enquanto olhava para a fila de carros parados na Marginal, e todos os dias de manhã quando o sol ilumina o Rio Tejo, tenho a certeza que comodismo é eu andar de comboio.

segunda-feira, janeiro 2

Na cor azul






Estou com um ligeiro problema com a cor azul...começo a vê-la em demasiados espaços da casa!

domingo, janeiro 1

A 1ª neura do ano

Estou com a neura.
Ah e tal, fogo nem sol fez hoje. Ah, e tal, ainda não recuperei a 100% da dor de barriga estranhíssima que me deu na sexta à tarde. Ah e tal, que quando cheguei ao carro, tinha os limpa-pára-brisas avariados, ah e tal que o namorado hoje também estava meio com mosca. Coisas boas? Também as há, mas estou muito ocupada a dar ouvidos à minha neura.