sexta-feira, junho 8

Hello stranger

Há um amigo meu que volta e meia me pergunta: "então, o que é que tens feito para te divertir?". Não me pergunta se estou bem, ou mal, que projectos tenho na calha, se é que tenho alguns. Não. Pergunta-me tão simplesmente sobre gozo, diversão. E ás vezes sinto-me envergonhada, ora porque não me lembro, ou porque não sei a resposta. Porque a verdade é que faço muito pouco para me divertir. E outras vezes nem sei o que fazer para o conseguir.

Mas ontem, durante uma, ou duas horas, diverti-me.
Com o pretexto de ter de gravar um vídeo para a despedida de solteira de uma amiga minha, fui para a rua  meter conversa com completos estranhos. E é sempre surpreendente as reacções que se obtém.  Quer pelas histórias de vida que se descobrem, os desabafos que se ouvem, quer pela espontaneidade e graça das pessoas que aderem. E fala-se de coisas sérias. Amor, casamento, compromisso. Ouvem-se conselhos. E sente-se a vida a palpitar. Fica sobretudo a vontade de perder mais tempo com as pessoas. Ouvi-las. Conhecê-las. Rir com elas. Fazer mais. E no fundo, deixarmos-nos levar.

Algo que o Zeca Pagodinho diria mais ou menos assim:

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