quarta-feira, março 28

Ser benfiquista

Pensava que já tinha ultrapassado essa coisa do futebol. A sério que pensava.
Afinal, longe vão os tempos em que assistia aos jogos do Benfica no sofá da sala com o meu pai, e vibrava com cada arranque do João Pinto.

A verdade é que o tempo foi passando, eu fui crescendo, e com excepção dos jogos da selecção, tinha perdido o interesse no esférico a rolar na relva.

Até ontem. Quando dei comigo a gritar feita parva para um televisor,  indiferente ao facto de estar na companhia de um sportinguista ferrenho - e que só por acaso é meu namorado, que a cada berro meu, olhava para mim com vontade de me esganar e calar para sempre. Um namorado que festejou o golo do chelsea, sem pena do meu sofrimento, um namorado que me tenta converter ao sportinguismo constantemente, e que já me disse com todas as letras que a única coisa que não me perdoa é eu ser do Benfica.

Mas não, nada disso me demove. Comecei o jogo benfiquista e acabei-o igualmente benfiquista.

Por isso,  talvez tenha de me render às evidências e concordar, que na vida, se pode mudar de tudo, menos de clube.



sexta-feira, março 16

Ainda não tenho filhos, mas acho que pela primeira vez consigo verdadeiramente perceber porque é que a minha mãe nos ligava vezes sem conta para casa, quando nós éramos adolescentes e ela ainda estava a trabalhar: precisava de falar com alguém de quem gostava. Precisava de saber o que andávamos a fazer, para se distrair dos afazeres do trabalho.

Não havia facebbok, blogs, ou messenger. A janela de escape dela éramos nós. Fazia-o para ver se o tempo passava mais depressa, por isso ligava, duas, três vezes. E entristece-me. Porque como nós a achávamos chata, sempre com as mesmas perguntas, as mesmas conversas, não a tratávamos bem, respondíamos-lhe embrutecidos, "ó mãe que chata" - bom isto ainda acontece hoje, na verdade. Mas é uma pena, porque um dia sei que vou ter saudades de ter falado mais com a minha mãe, do que apenas ter trocado com ela indicações sobre distribuição de afazeres domésticos.

domingo, março 11

A Primavera está a chegar


A minha estação do ano preferida.
Estão uns dias lindos, cheira a flores por todo o lado. Por isso hoje, passado quase um ano depois de a ter comprado, ganhei coragem e levei pela 1ª vez à rua esta mini-saia a passear. Não vou contudo tão longe como a menina da foto, que a usa de perna completamente ao léu. Tenho 28 anos, sou praticamente uma mulher casada, e tenho uma celulite muito descarada. Fui antes de collants azulinhos opacos, e também fui muito bem.