segunda-feira, junho 25

Estender as vergonhas

Foto daqui: olhares
Dá-me uma certa vergonha de cada vez que tenho de estender roupa interior, confesso. Penso, que horror, que me vai tudo andar a olhar para as intimidades! Se são cuecas assim mais pra frentex, ou se estão com buracos, eu sei lá.

No entanto, há que relativizar talvez, e aprender com os mais velhos. Porque já o meu vizinho da frente por exemplo, não tem qualquer tipo de problema em mostrar as cuecas. De tal forma que é assim que estende roupa: em cuecas. E não são más.  


sexta-feira, junho 22

Sobre os genes

Ele há coisas que não se explicam.
Enquanto ainda vivia em casa dos meus pais, adormecia tal e qual o meu pai. Na mesma posição: barriga para cima e mãos cruzadas em cima do peito.
Agora que mudei de casa, volta e meia sou apanhada a fazer o mesmo que a minha mãe, que tapa o rosto com o braço, como se estivesse na praia a proteger-se do sol.
Mas claro, também tenho coisas só minhas. Já não duas nem três, as vezes em que,  em pleno colchão,  encarno uma atleta de natação sincronizada e faço figuras deste género:


sexta-feira, junho 8

Hello stranger

Há um amigo meu que volta e meia me pergunta: "então, o que é que tens feito para te divertir?". Não me pergunta se estou bem, ou mal, que projectos tenho na calha, se é que tenho alguns. Não. Pergunta-me tão simplesmente sobre gozo, diversão. E ás vezes sinto-me envergonhada, ora porque não me lembro, ou porque não sei a resposta. Porque a verdade é que faço muito pouco para me divertir. E outras vezes nem sei o que fazer para o conseguir.

Mas ontem, durante uma, ou duas horas, diverti-me.
Com o pretexto de ter de gravar um vídeo para a despedida de solteira de uma amiga minha, fui para a rua  meter conversa com completos estranhos. E é sempre surpreendente as reacções que se obtém.  Quer pelas histórias de vida que se descobrem, os desabafos que se ouvem, quer pela espontaneidade e graça das pessoas que aderem. E fala-se de coisas sérias. Amor, casamento, compromisso. Ouvem-se conselhos. E sente-se a vida a palpitar. Fica sobretudo a vontade de perder mais tempo com as pessoas. Ouvi-las. Conhecê-las. Rir com elas. Fazer mais. E no fundo, deixarmos-nos levar.

Algo que o Zeca Pagodinho diria mais ou menos assim: