quinta-feira, janeiro 24


A vida repete-se todos os dias. Levantar. Abrir a porta. Ligar a ventoinha. Pôr a água a correr para aquecer. Acordar após 5 minutos de banho. Ensaboar corpo e cabelo. Passar por água limpa. Secarmos-nos e sair.

Voltamos entre 10h a 12 horas depois. Pelo meio,  o tempo passou sem sabermos muito bem como. Ou a fazer o quê. E nas 2 ou 3 horas de “descanso” que nos restam, dividimo-nos entre loiça, roupa, pó e refeições, para logo em seguida sintonizarmos na vida dos outros, para,  por uns momentos apenas, nos esquecermos da nossa.

Depois, de vez em quando, lá surge um programa digno de assinalar na agenda – como os meus novos almoços de quarta-feira entre irmãs. Ou o jantar de ontem em casa do sogro, ou o que vou ter logo à noite com os amigos do peito.

Os sábados – tirando o último de ventania dentro e fora de mim, têm sido dedicados ao workhop de teatro. Mas este que vem é já o último. E como tal, já ando a pensar num novo desafio que me ocupe o tempo livre que tenho de forma a tirar mais proveito desta coisa que é ter uma vida - afinal, agora que finalmente já uso óculos, está na hora de a começar  a ver com outros olhos. 
Os domingos são para a família. A de onde vim, à que fui parar e a que estou a criar.  É um ciclo galopante. Estou com um pai nos 59 e uma mãe nos 63. Sei que esta coisa do meu pai me chamar filhota e eu me derreter toda é um miminho bom que não vai durar para sempre. E percebi, inexoravelmente, que embora ainda precise de colo, são eles que estão na fase de o levar. 
A vida repete-se todos os dias....

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