Injustamente, talvez, mas não gostei de 2012. E digo injustamente, porque foi talvez dos anos mais importantes da minha vida. Afinal, foi o ano em que saí de casa. Mas isso, combinado com um trabalho mais exigente, e algumas situações familiares menos agradáveis, fez com que no fundo fosse obrigada a crescer. E crescer raramente se faz sem dor. Talvez por isso, volta e meia, dei por mim a sentir-me estranha. Meio à procura de mim mesma. à procura do meu novo papel, ou dos vários papéis que é suposto eu saber desempenhar. Insegura sobre a minha capacidade para o fazer. Insegura se o sei fazer. No fundo, foi um ano em que nem sempre me senti muito bem. Confiante. De bem comigo mesma ou com a vida em geral.
Ironicamente, ou não, foi depois de ter saído de casa que senti necessidade de resgatar laços familiares. Com irmãos, pais, tios. E penso que o consegui fazer.
Como tal, e embora em 2013 isso seja algo que pretendo continuar a fazer e investir, em 2013 quero focar-me mais em mim. Resgatar-me a mim. Explorar. Perceber o que quero eu da vida e o que estou a fazer para o alcançar.
- uma ida caricata ao hospital para tirar uma espinha que ficou presa nas amígdalas
- o último abraço à minha cadelinha, fiel companheira dos últimos 13 anos
- o olá a dois gatinhos lindos
- uma casa à imagem dos meus sonhos
- uma nova colega de trabalho que me veio tornar mais fáceis os dias de trabalho
- uma viagem a Sevilha
- o casamento da minha melhor amiga e o filme que lhe fiz de presente - que me obrigou a ir para a rua, e sair da minha zona de conforto
- ter participado na minha primeira manifestação
- o primeiro natal na minha casa, toda decorada com coisas palermas que eu adoro
- ter riscado da lista de To do's : "voar de balão" (não gostei, mas isso é outra história)
- bons velhos amigos
- acordar todos os dias ao lado de quem sempre quis
- um anjo protector do outro lado do oceano a cuidar de mim, a puxar por mim, a esculpir a minha confiança
- e uma receita para aviar um par de óculos
Sei que 2013 já é tido como o ano horribilis, mas sinceramente, sinto ( e espero) que para mim vai ser melhor que 2012. Sinto que me vou sentir melhor. Mais forte. Mais eu.
Afinal como diz esta música: "A vida é pra viver. A vida é pra levar"
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