segunda-feira, dezembro 14

Ao início, a neura é um bicho inofensivo. Fofo até. Não faz mal nenhum e até lhe achamos alguma piada, embora saibamos que não serve rigorosamente para nada a não ser, quanto muito, para fazer vista, ou uns truques engraçados.

Ao início a neura é isto:

E ninguém tem medo disto. Todos se atrevem a fazer umas festinhas e a passar a mão pelo pêlo. O costume.

Mas se lhe juntarmos uns ingredientes, por exemplo, uma tpmzinha inofensiva, um frio de rachar que nos faz duvidar da sanidade mental daqueles tipos, os esquimós, uns planozecos assim importantes sairem furados, aquele mail que não chega, um namorado que nos vem dizer que andou a sonhar com a ex, e sei lá, a convivência diária familiar, a neura é bichinho para ficar assim:



Ou seja, ligeiramente maior, e já a meter mais nojo que outra coisa. Mas ainda assim, a neura é passível de ser acarinhada e alimentada, de continuar sempre a crescer, até, qual balão, voar sem rumo e ir embater na parede ou poste mais próximo.

Agora, como gaja altamente evoluída que sou, e sem recurso a livros de auto-ajuda, o que ando a tentar fazer com toda esta neura e depressão mal cheirosa que se apoderou de mim, é , em vez dela me transformar nisto:

Passar eu antes a tirar partido dela. Usando-a eu a ela, ao invés de deixar que ela se apodere de mim. E sempre, sempre, em grande estilo.



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