sábado, julho 18

neighbours

13h30. Entra o casal dos cafés escaldados, o dele é cheio, o dela é curto. trocamos dinheiro e dois dedos de conversa. 13h50. chegam os simpáticos irmãos gémeos que eu não consigo distinguir. 14h15. entra o cliente que diz que eu tenho pedigree. às 15h15 ele terá certamente uma cadela, tal é a velocidade a que entorna super bocks. 15h30, entra o nosso cliente carochinha, o que tenta casar com tudo, pão de cereais incluido. às 16h, entra o aparício que vem cá beber cervejas e treinar o zoom in, zoom out ao rabo da minha empregada. 16h10, a vizinha que leva muitos bolos. às 16h30, à falta dos efeitos de fumo, varre-se o chão, onde entre mais pó e menos pó, desfila a avó mais sexy que por aqui há. 17h10, serve-se um café ao senhor que nunca diz nada, vive na casa ao lado, e cujos estores estão sempre para baixo - pergunto-me se tem uma cave. já nas 18h00, é a vez do casal que nunca fez sexo. têm duas filhas. um garoto sem espuma para ela, a espuma dos dias no fino dele. 18h15, ginga as ancas o playboy do prédio. 19h00, entram as minhs meninas, jogo às escondidas com elas, enquanto falo com os pais. 19h10. porra! esqueci-me de comprar cebolas. um pulo até às 19h30, roda o barraco a filha de chelas. no silêncio das 20h entram os meninos de farda. sirvo-os sem lhes fitar os olhos. tenho vergonha que me vejam corar. às 20h30 estremece-me o coração em surpresa. amigos. 21h00, pergunto-me o que fhei-de fazer para jantar sem alhos e cebolas? 21h30, risos e gargalhadas. 21h35, tempo para uma fatia de torta de chocolate. às 21h40 exclama-se aleluia - a vizinha da frente traz-nos um saco de cebolas da sua horta. às 22h00, fecha-se a porta.

Sem comentários:

Enviar um comentário