segunda-feira, julho 20

Lesbianices

Detesto a tipa. É brasileira. Brasileira afamada, daquelas do tipo violão. Todos os dias por volta das cinco da tarde há à vontade uns 30 homens ao balcão a babarem os litros de cerveja que entornam como pretexto para olharem para ele: o rabo.
Este não é um rabo qualquer, não. Uma nádega dela é o meu rabo inteiro. E depois ela não anda com os pés, anda impulsionada pelo movimento do rabo. Não sorri, nem diz bom dia ou boa tarde, porque o rabo está muito ocupado a fazer isso tudo por ela.
Que não hajam mal entendidos. Não gosto dela porque é antipática, e não porque tenha inveja dele, o rabo.
Mas o que eu detesto realmente é o facto de também eu, ou nós - visto que à rapariga que trabalha comigo acontece-lhe o mesmo, mas dizia eu, detesto o facto de não conseguir desviar o olhar daquelas ancas proeminentes, qual íman qual quê, o meu olhar desce uns bons 90º em ângulo recto sempre que ela passa. Esforço-me por lhe olhar para a cara, mas não adianta. De tão grande e redondo que é, dá vontade de tocar, de ver se é verdadeiro, saber qual é a sensação , a textura.
Intrigada por tal fenómeno, a rapariga que trabalha comigo, passou uma noite inteira a espreitá-lo, a ele, o rabo. Concluiu que não há ali gordura nenhuma, não há ali celulite, não, é puro músculo. Tudo saúde. E aí sim, suspirámos de inveja as duas.

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