Pensava que já tinha ultrapassado essa coisa do futebol. A sério que pensava.
Afinal, longe vão os tempos em que assistia aos jogos do Benfica no sofá da sala com o meu pai, e vibrava com cada arranque do João Pinto.
A verdade é que o tempo foi passando, eu fui crescendo, e com excepção dos jogos da selecção, tinha perdido o interesse no esférico a rolar na relva.
Até ontem. Quando dei comigo a gritar feita parva para um televisor, indiferente ao facto de estar na companhia de um sportinguista ferrenho - e que só por acaso é meu namorado, que a cada berro meu, olhava para mim com vontade de me esganar e calar para sempre. Um namorado que festejou o golo do chelsea, sem pena do meu sofrimento, um namorado que me tenta converter ao sportinguismo constantemente, e que já me disse com todas as letras que a única coisa que não me perdoa é eu ser do Benfica.
Mas não, nada disso me demove. Comecei o jogo benfiquista e acabei-o igualmente benfiquista.
Por isso, talvez tenha de me render às evidências e concordar, que na vida, se pode mudar de tudo, menos de clube.
Sem comentários:
Enviar um comentário