Desde ontem que me ando para aqui a pavonear com uns brincos que pertenceram à bisavó do meu mais que tudo. Salvei-os de se tornarem numa máquina de lavar loiça - o destino que espera as restantes jóias que estavam no saco e que serão vendidas muito em breve.
É um bocado estranho, isto de andar a mexer nos pertences de quem já faleceu e que nunca conheci. Contudo - e podem chamar-me de antiga, mas eu gosto daquele conceito de jóia de família. A jóia que passa de geração em geração, uma jóia especial que o noivo oferece à noiva, e que depois seguirá para a filha ou filho que ambos terão e etc, etc. Pelo que quis guardar qualquer coisa do passado, em vez de transformar tudo nalguma coisa cujo único brilho que terá no futuro, se ficará a dever ao uso de Calgonit. Piroso? Sim, mas fofo.
No que me diz respeito, prometo tratar estes brincos com o mesmo carinho com que já trato "outras" jóias da família. Jóias essas que para muitos, poderão não ser tão valiosas, mas cujo valor sentimental, é inestimável para mim.
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